sexta-feira, 29 de maio de 2009

...

Quando te fitei serena e louca
Em teu mar de olhos negros mergulhei minha vida
E teus lábios me despertou da dor convulsa
E seu amor pintou meus mares de cinza.


Foi como uma súbita alegria,
Eu guardo na mente aquele dia,
Em que entreguei-te minh' alma leviana
Meu tesão, amor, gozos e canções
Passaram a ter uma dona.


Quis morar no interior do seu interior
Escolhi exatamente os teus pulmões
Do amor te dei o mel e o fel
E tornei-me Ar pr'a tuas respirações.


Agora queres meu abandono?!
Desprezo, raiva, noites sem sonos?
"Porém quando tu queres que eu não te queira,
Eu fico querendo querer-te ainda mais,
Mas quando é mais que uma fogueira,
O meu fogo arde em mim grande paz."


Reclamas de mim que sou fingida,
Fria, insegura, cínica, promiscua.
Que mascaro a dor,
'Mas claro, mais caro, adoro!'
Isso não significa que ignoro,
È que alimento em mim o que há de bom:
Você!

2 comentários:

Anônimo disse...

muito lindo.
eu nunca gostei tanto de poesia. Não que n goste.. mas eu sempre preferi outros gêneros. Mas as suas são tão bonitas, gosto tanto de ler...

L.Gris disse...

Ai, que fofo!
Fiquei feliz agora! Isso me incentiva a postar mais, é que eu escrevo muito poesia, só que tenho vergonha e postar, ás vezes preguiça =/