quinta-feira, 11 de março de 2010

!.

"[...] Quero justiça, alegria e quero paz,
Mas com direitos iguais, como já disse Tosh
E quero mais que um milhão de amigos do RC
Ser como Luís e suas maravilhas do mundo quero comer
Quero me esconder debaixo da saia da minha amada
Como Martinho da Vila, em ancestral batucada
Eu quero é botar eu bloco na rua, qual Sampaio
Quero o sossego de Tim Maia olhando um céu azul de maio
Eu quero é mel, como cantou Melodia
Quero enrolar-me em teus cabelos
Como disse Wando à moça um dia
Quero ficar no teu corpo, como Chico em Tatuagem
E quero morrer com os bambas de Ataulfo bem mais tarde
Só que bem mais tarde
Eu quero ir pra ver Irene rir, como escreveu Veloso!"
(No Braseiro de Pedro Luis)

- È interessante como de uma hora pra outra as coisas podem mudar, podemos. Acordei com aquela sensação de que o dia seria péssimo, porque acordei péssima... E de repente uma simples palavra que se ouve de alguém que se gosta ou até mesmo de um desconhecido qualquer, uma música que te toca, um passáro verde voando e/ou até mesmo o som das folhas secas pode colorir seu dia. O meu foi colorido!

terça-feira, 9 de março de 2010

Saudade (Seu nome)

Hoje algo agoniante mais uma vez adentrou no meu peito, desesperadamente... Eu estava no ônibus, naquela maresia das 07h da manhã quando derrepende ouço um grito fino e fundo, foi então que cenas de flash backs vieram à mente e você estava em todas - nós estavamos -. Em seguida reconheci quem gritava: era a saudade! Hoje a saudade tem nome de mar, cheiro de onda, cor de céu nublado - gris - e quer afogar-se de você.

segunda-feira, 8 de março de 2010

"NÃO SE NASCE MULHER: TORNA-SE." (Simone Beauvoir)

História
8 DE MARÇO É DA MULHER


As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.


MENSAGEM:

PARABÉNS A NÓS MULHERES PELA LUTA E RESISTÊNCIA!

FELIZ 100 ANOS DE COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER!


POESIA:

Mulher

(Ilsa da Luz Barbosa)

Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;
Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;
Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";
Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;
Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;
Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Marx e Suas Influências no Serviço Social







Por Laís Paulo*



Breve Biografia

Karl Marx nasceu em Trier em 05 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883 foi filósofo, historiador, economista e jornalista. Deixou-nos numerosas obras, dentre elas, “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, “O Capital”, “Contribuição à crítica econômica” e outras, e sua parceria com Engels que resultou “A Sagrada Família”, “A Ideologia Alemã” e o “Manifesto do Partido Comunista”. Segundo o próprio Engels, as duas grandes descobertas de Marx foram: a concepção de materialismo histórico e a teoria da mais-valia (qual retratarei neste texto). Karl Marx foi também ativista político, fundou e dirigiu a Associação Operária Internacional – a primeira do gênero – de 1867 a 1873.


Marx e suas influências

Marx observou a sociedade, interpretou e descreveu. Para isso houve uma série de influências, o que quero dizer, por exemplo, é que ele não inventou o socialismo, mas estudou o socialismo utópico os franceses Saint Simon e Fourier e o idealizou em socialismo cientifico; inverteu a dialética hegeliana, colocando-a de ponta a pé, enquanto Hegel aplicava o movimento dialético ao processo de pensamento, Marx o remete ao mundo da história real e concreta: a das necessidades econômicas e sociais, dos seres humanos. Desta forma, as idéias marxistas sofreram influências das principais correntes de pensamento de sua época, desde a economia liberal de Adam Smith à dialética de Hegel.


Materialismo Dialético

Como disse anteriormente, para Marx, o processo dialético se dá de acordo com as necessidades dos humanos.
Marx utilizou da dialética para explicar as mudanças e acontecimentos na história da humanidade ao longo dos tempos. A dialética é a lei do desenvolvimento da realidade histórica, e através dela é possível estudar um fato histórico, encontrar o elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo da história. Assim sendo, a dialética exprime a inevitabilidade da passagem da sociedade capitalista para a comunista.


Materialismo Histórico

O materialismo histórico é a teoria no qual a estrutura econômica determina as outras estruturas, é a base material ou econômica (infraestrutura) que exerce influência direta nas instituições jurídicas, políticas (leis, o Estado) e nas ideológicas (artes, educação, religião, moral) - o que denominou de superestrutura -, em outras palavras a superestrutura se adapta ao modo de vida econômico da sociedade, o ser econômico determina o ser social, ou ainda: “Não é a consciência dos homens que determina o se ser, mas é, ao contrário, seu ser social que determina sua consciência” (Karl Marx, em Prefácio a “Para a crítica da economia política”).


Teoria da mais-valia

A teoria da mais-valia é um dos conceitos fundamentais da economia marxista e um eixo importantíssimo na construção teórica de Marx.
Segundo ele, “O valor da força de trabalho é o valor dos meios de subsistência necessárias para a conservação do possuidor da força de trabalho”, a força de trabalho é o próprio trabalho e pertence ao trabalhador/a, já o produto do trabalho é propriedade do capitalista e não de quem o produz (trabalhador/a), ora se o/a proletário/a trabalha oito horas diária e em quatro horas produz o tanto para cobrir o quanto o capitalista despende para o seu salário, o produto das outras quatro horas é o valor que o capitalista se apropria. Esse valor que passa para o bolso do capitalista é a mais-valia, logo a mais-valia é o excedente do trabalho, é o lucro real que existe na “sobra” (excedente) da mão-de-obra que o industrial investirá na sua indústria, assim a indústria crescerá cada vez mais, acumulando a riqueza que é deixada pela classe operária.
Para Marx, a única solução para sair desse círculo no qual só o industrial agrega lucros e o operariado é explorado é preciso que haja a revolução das massas, em que a classe operária, unida, irá derrubar essa lógica contraditória, desigual e pervessa do capital.



Marx no Serviço Social

Há quem atribua características negativas ao Serviço Social e o aponte como profissão de práticas e políticas assistencialistas, talvez a denominação transmita um equivoco de significados, para estes/as indico as obras de Marilda Vilela Iamamoto, Maria Lúcia Martinelli, José Paulo Netto, Carvalho e tantas outras (os) teóricas (os) do Movimento de Reconceituação do Serviço Social.
Após a II Guerra Mundial os países capitalistas lançaram estratégias em defesa do capitalismo, pois temiam a expansão do socialismo, visto que havia a construção do bloco socialista representado pela União Soviética. Uma dessas estratégias foi a implantação de empresas norte-americanas e européias na América Latina. Assim sendo, uma parte da burguesia local (aliada aos EUA) era a favor do capital internacional e a outra defendia o nacionalismo, isso provocou uma crise na burguesia, sendo que a parte da burguesia atrelada aos estadunidenses resolveu a crise com o golpe de 1º de abril de 1964, o golpe militar, que em apoio à concentração do capital proibiu o sindicalismo e agravou a exploração do/a trabalhador/a.
Com a erosão da base do Serviço Social tradicional iniciou a renovação do Serviço Social brasileiro que se deu em três perspectivas: a modernizadora baseada na teoria positivista; a de renovação do conservadorismo baseada na teoria fenomenológica; e a de intenção de ruptura baseada no marxismo. Aconselho a leitura de todas as perspectivas, mas falarei um pouco sobre a terceira.
Perspectiva da Intenção de Ruptura :
Surge com a proposta de romper as práticas tradicionais do Serviço Social, vinculadas aos interesses da classe dominante, discute a relação entre a profissão e a sociedade capitalista. Foi manifestada no âmbito dos movimentos democráticos e das classes exploradas e subalternas (inicio dos anos de 1960) quando “ [...] O Serviço Social – de forma visível, pela primeira vez- vulnerabilizava-se a vontades sociais (de classe) que indicavam a criação, no marco profissional, de núcleos capazes de intervir no sentido de vinculá-lo a projeções societárias pertinentes às classes exploradoras e subalternas. (Netto, 2006, p.256) Portanto, assistentes sociais que optaram politicamente de trabalhar em favor dos explorados e subalternos conceberam as primeiras idéias de intenção de ruptura das práticas tradicionais, uma vez que é preciso lembrar que o objeto de trabalho do Serviço Social é a questão
social (resultante das relações de conflito entre capital x trabalho que se manifesta em suas múltiplas expressões: desemprego, violência, fome, discriminação e etc.), e agora as/os profissionais optaram em atuar em prol dos trabalhadores/as (segundo Iamamoto trabalhador/a é tanto quem está empregado/o e desempregado/a), baseando-se na teoria marxista.
Vale ressaltar que essa perspectiva se propagou no período de crise da ditadura, originando produções teóricas voltadas para as questões do continente latino-americano, rompendo com práticas profissionais, aumentando a participação política de assistentes sociais nos movimentos sociais, sindicalistas e partidários, porém o movimento de reconceituação do S. Social (quesurge no âmbito da academia sendo protagonizado por estudantes-militantes, docentes e abrangendo a categoria de assistentes sociais) foi desfeito pelas ditaduras burguesas e por divergências no próprio grupo de assistentes sociais. Assim sendo, hoje existem ainda as três perspectivas, de modo que há docentes que encaminham seus projetos conservadores e profissionais com práticas atreladas á tendência de renovação do conservadorismo; portanto o projeto ético-político-profissional hegemônico fundamenta-se na teoria marxiana e marxista, se materializando no código de ética profissional (1993) que norteia o pensar e o fazer profissional da(o) assistente social.


P.S: Bem, gente esse é só um texto principiante, quem quiser se aprofundar leiam:
Manifesto Comunista; e Serviço Social na Contemporaneidade de Marilda Vilela Iamamoto.

* Laís Paulo é estudante de Serviço Social, 1º Semestre.