sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Porque AR nem sempre é gasoso

Ela: Gosto de seus escritos. De onde vem suas inspirações?
Eu: Inspirações e expirações... da respiração, do ar... da vida!
Ela: Não entendi! Inspirações é apenas entrada de ar? Tem certeza? Até onde sei...
Eu: Risos. Disse de forma subjetiva, abstrata... mas deixa p'ra lá.


L.Gris.

"Ser ou Não-Ser, eis a questão"

Por que preciso sempre ser alguma coisa, algo ou alguém? SE tudo se move, se transforma, se evolue?
Por que tenho que me limitar nas definições, reduzir-me os "querer", as esolhas, os atos... a alma?!Por que não posso ser tudo, nada... inconstante?
Por que sempre estou a busca da perfeição se não existe satisfação plena?
Por que colocar a felicidade há uma distância futura se ela está tão próxima, morre e renasce a cada instante como todas as outras emoções, e sentimentos?
Por que ser apenas EU, se posso ser vc... nós?!

(PS.: Estou Cansada de Ser...)

L.Gris

quarta-feira, 19 de novembro de 2008



O Quê? Se sou Filósofa?


Se filosofia é arte de cozinhar letras; palavras; pensamentos; ideologias; sentimentos; verduras; legumes; e alimentos... Sim, eu sou!

Embriaguês






Taças de vinho;



Uísque, outrora



Água de côco;



Eclipse;



Pôr-do-Sol;



E Aurora



... Me fazem delirar



Nas mais loucas quimeras,



Afoga-me n'um mar



De ousadia.



No entanto quando mais estou feliz



Dentro e fora de mim



É quando embebedo-me...



De Poesia!





Lascívia. Luxúria. Liberdade.

Leve-me para onde quiser ou deixe se levar por mim.
Se me permitir, contigo farei loucuras.
Não tenho signo, não tenho idade, não sou de ninguém.
Sou terra, água, ar e fogo.
Posso lhe fazer voar, cair, sonhar ou queimar.
Posso ser sua hoje, posso nem lhe conhecer amanhã.
Posso lhe lamber a boca noite dessas, posso lhe negar sorriso dia desses.
Não confie em mim. Não duvide de mim. Não se apaixone por mim.
Posso lhe querer uma noite, várias noites.
Posso não lhe amar nunca.
Sou amante: não peço nada, não espero nada.
Não me peça nada. Espere tudo de mim.



Neste mero momento, sinto falta e ânsia da tua presença...
Queria agora poder está contigo e vomitar todo ácido que corroí o meu peito,
E escarrar na tua boca todo o amargo que me causastes com tuas palavras grosseiras,
Queria poder gritar nos teus ouvidos até que não te sobrasse mais tímpanos
E apedrejar tuas mãos até que pudesse perder o tato.
Queria simplesmente estuprar tua alma. Matar-te...
Esquartejar-te e roubar teu coração p’ra mim!


Novembro de 2007.


CORES


Atenta nesta paleta de cores estes sinais de opulência da luz breve símbolos que acordam a manhã dos nossos olhos para a flor do sol que insistem na múltipla transfiguraçãodas imagens que dão forma às nossas vidas;
repara no preto e no branco como se a sinfonia dos acasos não fosse mais que a simetria dos ocasos
ou no azul que desfaleceos matizes infindáveis do cinzento que vai nos olhos, no sangue de cada um
porque é o sol magenta dos alvores matinais que trai os sonhos da madrugada a reflexão das cores e do entendimento.
Vê como o verde decai em tonalidades martirizadas pelo ocre e o amarelo sustentando a linha melódica dos barros;
Observa a cor do céu na fria latitudedos gelos glaciares,na transparência da água dos oceanos resolvida em anémonas e corais de luz.
Atenta no rosa dos frutos da primavera entre as folhas a captar o sol para a maturidade corrompida pelo granizo onde a imagem da noite bailano esmorecimento das cores e a sua ausência
o negro
.....o presente persistindo .....curvado à sapiência do eterno.
Atenta nas corese ouve o timbre os tons da música capazes de trazer violetas e rosasao patamar da euforiao clímax de licores de carmim e rosaem púrpura desfeita virgindade na face da menina já mulher.
Lê a tua sina em esmeraldas e em rubis cristalizados proscritos até ao fim do tempoou o ébano das noites frias envenenando o brilho diáfano de ametistas e turquesas que resolvem a cinza em azul e oiro

e vê como tudo se encaminha para um grande abraço
num arco-íris que vincula a terra à terra
o sangue ao rubro sangue das entranhas dum vulcão
que derrama todas as cores,
os símbolos e os signos
o magma que há de florescer nas
sensaçõesa percepção subjectiva do real.
(Vieira Calado)